sexta-feira, 2 de julho de 2010

Como anda a Sofrologia aqui no Brasil?

Por Herbert Fernandes
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Palestra na UNIMED Fortaleza em 2008
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Como anda a sofrologia aqui no Brasil? Com certeza este é um questionamento que muitos brasileiros que tem interesse pela sofrologia já devem ter feito. Pois bem... neste artigo vou tentar explicar um pouco como anda a sofrologia no nosso país e como os interessados podem praticá-la.
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A sofrologia esteve pela primeira vez em terras brasileiras, no ano de 1960, quando Alfonso Caycedo (fundador da sofrologia) fez o primeiro seminário para tratar do tema, na cidade do Recife, no Estado de Pernambuco. Desde então, muito pouco foi feito aqui no nosso país e a sofrologia acabou conquistando a Europa. Hoje, vários países como Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, entre outros, são os mais ativos em sofrologia no mundo. 
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 No início de 2000, muitos sofrólogos  (brasileiros e da Europa) vieram ao Brasil e começaram a desenvolver a sofrologia novamente por aqui. Alguns brasileiros que se formaram sofrólogos na Europa, em países como Portugal e França, muitos deles médicos e psicólogos, começaram a aplicar as técnicas de sofrologia aqui no Brasil, no auxílio ao tratamento dos diversos tipos de estresse, inclusive em tratamentos médicos, ajudando na recuperação do paciente. 
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O trabalho começou de forma tímida e "informal". Hoje, alguns sofrólogos já começam a empreender no Brasil e as primeiras escolas e associações começam a chegar ao país. Essas instituições estão cada dia mais organizadas e já começam a cativar o público brasileiro e de outras nações de língua portuguesa.
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 Num levantamento preliminar feito pela 1ª  associação no segmento de sofrologia no Brasil, a ABS (Associação Brasileira de Sofrologia),  foi constatado que em alguns  Estados como, Paraná, Pernambuco e Ceará, já existem alguns profissionais aplicando as técnicas da sofrologia. Destacam-se os Estados do Ceará e Pernambuco, onde atualmente, existem cursos de formação.
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 No Ceará os cursos são administrados pela sofróloga brasileira Tereza Mara Pontes e pela portuguesa Isabelle Fontaine. Já em Pernambuco, os cursos são administrados pelo francês (quase brasileiro) William Bonnet, através da Escola Francesa de Sofrologia e Somatoterapia. As aulas podem ser presenciais ou através da internet.
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Além das Escolas de formação, uma associação para auxiliar no desenvolvimento da Sofrologia no Brasil foi criada em Junho do ano passado: a Associação Brasileira de Sofrologia (ABS). De acordo com a vice presidente, Catherine Vaillant, a associação foi desenvolvida em colaboração com a França (um dos países mais ativos em sofrologia no mundo). Catherine explica que foi necessário compor a ABS com membros dos dois países em virtude do Brasil ainda engatinhar na sofrologia. "No Brasil ainda existem poucos profissionais na sofrologia. Seria difícil desenvolvê-la sem a colaboração de sofrólogos experientes da França e de Portugal, por exemplo" -  explica.
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 E Catherine não deixa de ter razão. Atualmente, uma das principais dificuldades no Brasil é encontrar livros em português que falem da sofrologia. Cenário muito diferente da Europa, onde esses títulos são encontrados facilmente e em grande número. O presidente da ABS, William Bonnet, explica que um dos objetivos da associação é trabalhar no intuito de incentivar a produção literária no Brasil. Hoje, as escolas citadas já dispõem de apostilas traduzidas ao português. A Escola Francesa de Sofrologia e Somatoterapia, por exemplo, já traduziu 10 módulos do curso de formação inicial em sofrologia - "Nós já temos quase 1000 páginas traduzidas ao português. Esse trabalho vem sendo realizado há mais de 2 anos e finalmente estamos chegando ao final das primeiras traduções" - explica o diretor da escola, salientando que muito ainda precisa ser feito. 
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Outras ações com o intuito de divulgar a sofrologia aqui no Brasil também já aconteceram. Em 2008, William Bonnet e Tereza Pontes realizaram alguns seminários sobre a sofrologia para a comunidade científica e acadêmica. Um dos encontros, direcionado aos médicos credenciados da UNIMED, aconteceu em Fortaleza e tratou da sofrologia na medicina. Os alunos do curso de psicologia da UNIFOR (Universidade de Fortaleza) também tiveram uma palestra, ministrada por William Bonnet, sobre a sofrologia e as possibilidades de aplicação das técnicas da sofrologia na psicologia. 
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É importante também citar que há cerca de 7 anos, todos os anos o Brasil está recebendo muitos sofrólogos estrangeiros, que vem ao nosso país para participar de seminários internacionais, administrados por escolas de fora. Esses seminários acontecem em maior número no nordeste e alguns brasileiros já tiveram oportunidade de participar. São grupos de 10 a 20 pessoas que viajam da Europa para o Brasil e passam, em média, 15 dias debatendo e trocando experiências sobre sofrologia.  Como ninguém é de ferro, o programa oferece ainda visitas turísticas e passeios pelas principais capitais e praias da região. Clima mais que perfeito para a sofrologia, não é verdade?
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Como pudemos concluir, a sofrologia está entrando com força total no Brasil e daqui a pouco será tema de discussão e estudo nas principais universidades. Obviamente ainda existem questões pendentes, como a regulamentação da profissão de sofrólogo no Brasil. Esse assunto está na pauta da ABS e em breve a sofrologia será uma profissão reconhecida aqui no Brasil. Por enquanto, não há nada que impeça o público brasileiro de usufruir de todos os benefícios que a sofrologia pode proporcionar, principalmente através de sessões de relaxamento dinâmico em grupo e individual.
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Se você deseja mais informações sobre cursos e sofrologia no geral, pode encontrá-las no nosso site ou nos seguintes endereços:
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