quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Sofrologia, uma maneira de perceber quem realmente somos

Artigo escrito pelos alunos do curso de publicidade da Faculdade Integrada do Ceará (FIC)


Nós estamos na era da performance, onde exigimos demais de nós mesmos. Estamos sempre preocupados com a aparência, com o corpo ideal e outras exigências impostas pela sociedade. Sentimos a necessidade de estarmos sempre dentro dos padrões. Chega um momento em que o corpo começa a sofrer dessas pressões, e aí vêm as fortes dores de cabeça, mal-estar, TPM intensa (no caso das mulheres) e nós não sabemos a origem desses problemas. Nos submetemos a tomar remédios, chás que irão prejudicar nosso organismo, enquanto a cura pode estar dentro de nós mesmos, em um simples controle da respiração, um sincero diálogo com o seu corpo e a modesta capacidade de conhecer-se e aceitar-se sem se preocupar com o julgamento dos outros ou de qualquer fator externo a si mesmo. Diante desses problemas que assolam essa nova era, nasce a sofrologia.

“Sofrologia é uma ciência que contém métodos de estudo da consciência de si, é uma ferramenta para ajudar cada um a encontrar harmoniosamente a si mesmo e a viver melhor seu quotidiano. A sofrologia vem da filosofia fenomenológica existencial, que é justamente esse ser no mundo, estar no mundo, e não no que o outro quer de mim, senão eu saio de mim e acabo não sendo mais eu. Vamos para um exemplo, a TPM, ela existe, mas por quê? O que tá faltando? A tensão pré-menstrual me diz o quê? Será que estou tensa demais em alguma área da minha vida? E só relaxando e sentindo meu corpo eu vou achar essa resposta. Não precisa de remédio. Por que recorrer a um medicamento? Por que eu não me escuto? As pessoas dizem que ele sofre de asma, dor de cabeça, mas ele não diz o que está fazendo sua cabeça doer. Por que eu estou fazendo minha cabeça doer? A sofrologia vem fazer essa conexão, nessa consciência corporal da gente parar de se mentir. Quem eu sou? Como eu me sinto? O que eu quero pra mim?” - diz a sofróloga Teresa Mara.

A Sofrologia surgiu na Europa no início dos anos 60 e atualmente, no Brasil, já existem alguns profissionais nessa área e a ABS (Associação Brasileira de Sofrologia), presidida pelo Dr. William Bonnet, psicólogo e sofrólogo frances, acaba de completar seu primeiro ano de vida.

Em seu tratamento, é usado como método inicial o relaxamento dinâmico que é dividido em quatro graus;

1) Primeiro Grau: Concentração, que consiste em fazer-nos desfocar do exterior e focar no seu interior.

2) Segundo Grau: Contemplação, onde nos concentramos mais na respiração, sentir e tomar consciência de cada parte do corpo, perceber-se por completo (inspirado na filosofia budista, trabalha a imagem do corpo, sensações do corpo, do eu sou, do eu existo.)

3) Terceiro Grau:
Meditação, que vem do processamento neurolinguistico “me ditar”, “ me dizer”, “dizer para mim mesmo”.

4) Quarto Grau: Reflexão, uma síntese dos três primeiros, somatizar o que tiramos de positivo para nós mesmos. Vamos criar imagens que nos deixam bem, onde possamos ser quem queríamos ser de verdade.

Normalmente, as pessoas procuram a sofrologia quando estão com sensação de mal estar, problemas de concentração, hiperatividade, e até mesmo famílias com dificuldade em aceitar doenças adquiridas por outros familiares. O melhor tratamento na maioria desses casos é a prática dos relaxamentos dinâmicos, como diz a Dra. Teresa Mara: “Ficar dentro do seu corpo. Nosso corpo é muito inteligente, ele sabe se curar. Toda doença é um trabalho do corpo procurando a cura, as pessoas procuram a sofrologia por uma desorganização qualquer, e vêm para aprenderem a se organizar.”


A sofrologia abrange todas as patologias, principalmente as psicossomáticas. Quando respiramos, oxigenamos o nosso corpo e nos renovamos. Quanto mais nos sentimos bem com a gente mesmo, quanto mais “meditamos”, mais teremos saúde, nosso sistema se renovará mais saudavelmente. A grande chave disso é a capacidade de oxigenação das células, de sermos capazes de estar em um estado de raiva e, no minuto seguinte termos a consciência de respirar, de nos transformar e compreender o que está havendo, dominando nossos impulsos. “Para sair da raiva, precisamos compreende-la. Não devo ser a raiva, devo ser a pessoa que por alguma razão, naquele momento, está com raiva.”, explica Teresa Mara.

Para terminar nosso artigo, deixamos uma mensagem aos publicitários, que carregam uma responsabilidade imensa por serem manipuladores da informação. A propaganda prostituída, maldosa é fonte de grandes problemas e de distúrbios nas pessoas, porém, se ela for feita corretamente pode ser também a grande responsável por consideráveis melhoras na saúde e na vida da população. Então, lembrem-se sempre de que a propaganda é excelente para o mundo, desde que seja verdadeira e não se preocupe somente com o lucro a qualquer custo!

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